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terça-feira, 4 de junho de 2013

Reflexões sobre a ética e a moral da sociedade e das religiões


Por Lucila
No início, o homem precisava saber quem era, o que eram as manifestações da natureza, quem o criou..., e assim surgiram as primeiras religiões. Politeístas, tradicionalmente orais, as religiões eram donas de um saber absoluto, pois para tudo elas tinham uma explicação. Através delas foram criadas as primeiras noções de moral e de conduta do individuo em sociedade.

Com a escrita surgiram duvidas que as religiões, através das suas respostas fantásticas, não satisfaziam e com elas nasceu a filosofia e a ideia da ética como princípio para a convivência social. As religiões antigas tornaram-se mitos e novas religiões apareceram para satisfazer o dualismo humano.

Atualmente, a sociedade é formada por um ciclo entre a moral e a ética, a moral é estabelecida através das forças de controle social (religião, pais, amigos), e a ética através do senso crítico e da reflexão do individuo quanto ao que é estabelecido pela moral. Quando uma atitude passa a ser tomada através de uma reflexão, baseada em um princípio ético, por grande parte de sociedade, é possível dizer que àquela atitude ética se tornou uma atitude moral por ter abrangido uma grande parte da sociedade.

A mulher durante muito tempo não trabalhou fora de casa, com remuneração, pois seriam consideradas imorais, inadequadas, trazendo constrangimento as outras mulheres. Com a reflexão dessa moral, e a luta das mulheres por igualdade, atualmente, é imoral pensar que uma mulher não pode exercer atividades remuneradas, dentro ou fora de casa.

No entanto, a maioria das religiões não se modifica junto com a sociedade. Tabus quebrados, derrotados pela sociedade, dentro das religiões continuam vigorando independente do que a sociedade exponha de novo sobre aquela moral. Para algumas religiões, a mulher sempre terá que servir ao homem, os métodos de prevenção a doenças e gravidez indesejada não será utilizado, o aborto é um sacrilégio e o casamento gay nunca será realizado. Esta petrificação das religiões é estabelecida por leis divinas, para eles superiores as leis humanas.

Na religião católica, os sete sacramentos são instituídos por Jesus Cristo, para produzir a graça nas almas cristãs e santificá-las. O casamento é a confirmação do ultimo sacramento religioso, nele é firmada a união com a benção de Cristo. Nos princípios cristãos só são estabelecidos casamentos entre homem e mulher, portanto, o casamento gay seria inconcebível dentro da religião Católica.

Seguindo o mesmo pensamento, outros conflitos são estabelecidos entre a moral religiosa e a ética da sociedade, como a transfusão de sangue que não é aceita pelas Testemunhas de Jeová, nem nos casos de risco de morte. Neste caso a transfusão ocorre sem a devida permissão, desrespeitando os dogmas da religião, devido à ética profissional dos médicos, que exigem a tentativa de salvar a vida em todos os casos.
Na Bahia, em específico Salvador, o sincretismo religioso, a mistura de crenças, é tradicional, sendo comum a mesma pessoa que frequenta um terreiro de Candomblé, ir a uma missa em uma Igreja, em um Centro Espírita e até mesmo em um templo Evangélico. Em Salvador, Católicos e Candomblecistas fazem caruru e distribuem queimados, em Setembro, para Cosme e Damião. Ogum é Santo Antônio, Oxóssi é São Jorge, Iansã é Santa Barbara, Oxalá é Jesus Cristo e assim vai...

Na Bahia, a ética e a moral das religiões se misturam, e o que não poderia ser concebido em outra parte do mundo, na Bahia acontece...

O acarajé é uma comida tradicional baiana reconhecida e registrada e protegida no Livro Saberes e Fazeres, como Oficio das Baianas de Acarajé, pelo Instituto do Patrimônio, Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Utilizado como oferenda para Iansã, o acarajé é comercializado por baianas devidamente caracterizadas em trajes afro, oferecidos em tabuleiros, com acompanhamentos também ligados a culinária africana.

Durante algum tempo, o acarajé passou a ser comercializado por evangélicos que passaram a chama-lo de “bolinho de Jesus”. A receita, os ingredientes e o modo de preparo indicam a produção do acarajé, mas na verdade o que esta sendo produzido é o bolinho de Jesus. Neste caso, há uma apropriação da cultura africana pela religião evangélica, minimizando a religiosidade, a crença africana, do candomblé.

Percebemos uma forte mudança na tradição quando adeptas do candomblé se tornam protestantes. Mesmo professando uma nova crença, desejam manter sua fonte de renda. Para isso, decidem retirar todos os signos que liguem o quitute à religião africana, como a roupa branca, o turbante e as contas no pescoço. Desfiguram o ofício ao querer que o acarajé seja visto não como oferenda, mas apenas como refeição. (MARTINI, Gerlaine.)

A moral evangélica, no sentido doutrinário, esta sendo afastada para a produção de um “bolinho” que em todo o momento de preparação representa a manifestação sagrada do Candomblé. Estando presente, ainda que com outro nome, o alimento de Iansã, oferenda à rainha dos raios e trovões.

Para a moral do Candomblé, significa desrespeito às tradições africanas, descaso com Iansã e com os orixás, além de intolerância religiosa, desconhecendo o valor sagrado, histórico e cultural do acarajé.

Acarajé ou Bolinho de Jesus?


Sincretismo Religioso - Martinho da Vila


terça-feira, 28 de maio de 2013

Deus e os seus nomes

Por Lucila Paixão
 Dudu chega do colégio cheio de dúvidas na cabeça:
– Mãe, quem é Deus?
A mãe estava ocupada na cozinha, mas se propõe a responder à pergunta:
– É o criador do universo, dono do mundo, um ser bom. Ele é o nosso Pai  e de todos os homens e mulheres deste mundo.
– hum... Um ser bom. Ele é procurado não é?
– Bastante, todo mundo, até quem não acredita, o procura.
Com ar de preocupação, Dudu senta-se no sofá e respira fundo...
– Hunf... Sabia! Tadinho...É por isso que Ele tem tantos nomes!
A mãe sorri, e senta-se junto a ele.
– Como assim, menino? Tadinho!! Hum! Deus é Deus!
– Nada disso!  O Padre Reginaldo disse que o nome de Deus é Deus, mas Paulinho disse que o nome Dele é Olorum!
– Quem é Paulinho?
–Paulinho, o filho de dona Cândida. Ele faz banca comigo.
– Ele é de que religião? Umbanda? Candomblé?
– Ele é da Umbanda, mãe.
– Umbanda, Candomblé, é tudo a mesma coisa!
– Não é nada! Mas o que tem a ver isso?
Revoltada, a Dona Marieta, a mãe de Dudu, levanta-se do sofá e diz:
– Não quero mais você andando com ele! Mania de andar com quem não deve!
– Por quê?  Só porque, para ele, Deus é Olorum? Você não disse que ele era muito procurado? Até o tio Claudio diz que o nome Dele é Alá!
– Seu tio é um abestalhado que se envolveu com uma mulçumana e agora se diz Islão!
– E a Sabrina, sua melhor amiga, que vive dizendo que Jeová vai voltar? 
– Jeová é Deus, menino!
– E Olorum e Alá também não são outros nomes de Deus?
– Ah! Já chega de tanta conversa! Que menino que pergunta demais!
A mãe retorna aos seus afazeres na cozinha indignada. Como pode seu filho estar dizendo um absurdo desses.
Mas Dudu não desiste e segue a mãe até a cozinha.
– Mas mãe...
Dona Marieta interrompe. Ela havia passado o dia todo cuidando da casa. Estava chateada com o carteiro que só lhe havia trazido contas para pagar, com o encanador que prometeu chegar até às 11 horas para ajeitar a pia entupida , mas até aquela hora não chegara – e já passava das 13h. Estava sentindo-se cansada e injustiçada, aí chega seu filho, para completar, cheio de duvidas sobre Deus, algo que para ela sempre foi muito simples de entender.
Nascida e criada na religião católica, com direito a batizado, catequese e crisma, Dona Marieta sempre criou os filhos seguindo a sua religião. Devota de Santo Antônio, o Santo Casamenteiro e de Cosme e Damião, frequenta a missa das 18h e participa da Trezena de Santo Antonio todos os anos. Era inadmissível, para ela, que seu filho de oito anos, praticamente com oito anos frequentando a Igreja Católica, viesse lhe fazer tais perguntas.
– Nada de “mas mãe”! Vai pegar minha sacola que nós vamos à Feira de São Joaquim.
Carlos Eduardo, o Dudu, sempre foi curioso e quando se via com duvidas não se conformava enquanto não alcançasse uma resposta convincente para ele, que o fizesse compreender o que tanto o afligia, e como não obteve isso da mãe, continuou a insistir:
– Ah não, mãe! Ainda tenho duvidas, porque não dão um sossego a Deus?
Ela respira fundo, como se quisesse controlar a fúria, pois a vontade que lhe ocorria naquele momento era de lhe dar “uns tapas” e coloca-lo de castigo, resolve deixar o filho falar.
– Como assim Dudu?
– Por que não param de pedir coisas a Ele, tudo têm que recorrer a Ele; será que ninguém entendeu o porquê de tantos nomes, de tantas religiões diferentes?
– Onde você quer chegar Carlos Eduardo!
– Ora mãe, não vê que o porquê do bichinho ter tantos nomes? É que o procuram demais, aí quando ele quer um descanso, ele muda de nome, aí vocês vêm de lá e descobrem o novo nome dele. Tadinho! Porque não o deixam em paz?
Dona Marieta percebeu que esta batalha estava sendo perdida e teria que conversar com ele sobre o assunto, mas naquele momento, com os ânimos aflorados, estava sem paciência para ter um diálogo sereno, resolveu transferir a conversa para outro momento.
– Ai, ai Dudu, só você mesmo! Na volta da feira conversaremos sobre isso. Tem muita coisa que você precisa entender. Cada religião é uma religião e fim de papo.
Percebendo que não teria espaço para conversar naquele momento, mas havia conseguido uma possibilidade de tirar suas duvidas em outra ocasião, Carlos Eduardo se contentou e resolveu esperar pela volta da feira.
– hunf... tá!
E mudou de assunto.
– Mãe? O que vamos comprar na feira?
- Quiabo, amendoim, milho de pipoca, milho branco, feijão, azeite, cana, rapadura... Setembro está chegando, meu filho. Tenho que fazer o Caruru de Cosme e Damião.
Carlos Eduardo sorriu, e pensou... “é... cada religião é uma religião... em qualquer lugar, menos aqui!”


Salvador e suas religiões


Um Caldeirão Religioso

 Por Mônica Figueirôa
            A cidade de salvador é o lugar onde a convivência entre as religiões é bem saudável. Há casos em que numa mesma família, são cultuados deuses e divindades diferentes. Famílias onde o pai é evangélico, a mãe é católica, criam seus filhos respeitando as duas vertentes escolhidas por cada um deles.
                A grande maioria da população ainda se classifica como católica; mas isso não as impedem de frequentar festas, cultos e religiões contrárias às sua. Aqui em nossa cidade antes de um bebê nascer, os pais já escolhem os seus padrinhos de batismo, realizando este que é o primeiro sacramento da religião católica.
                Quando essas crianças crescem um pouco mais, logo são convidadas para fazer parte das mesas de “Caruru de Cosme”, composta por sete meninos, como é a tradição do candomblé, ou sentam ao chão em frente a um grande alguidar, para fazer parte da famosa balbúrdia, onde as crianças se lambuzam com a comida e imitam os erês, que são as entidades dessa religião. 
                Mais tarde começam a conhecer os eventos populares, compostos de festas religiosas e/ou pagãs: é o caso do dia dois de fevereiro, onde é realizada uma festa para louvar e agradar Iemanjá, a famosa rainha do mar e protetora dos pescadores. As famílias levam seus filhos para fazer oferendas como flores, enfeites, perfumes, etc., e depois participarem da festa profana.




                
               
O mesmo acontece na festa de São Lázaro, no mês de agosto, onde as pessoas vão assistir a missa, e na saída para suas casas, tomam o tradicional banho de pipocas de Omolú, para se purificarem para o resto do ano.


                A mais tradicional de todas as festas é a Lavagem da Igreja do Bonfim, onde baianas vestidas com suas saias rodadas, seus turbantes magistrais, suas guias e vasos de água perfumada, lavam as escadarias da mais famosa Igreja Católica de Salvador.


                Essa é a realidade ecumênica de Salvador. Uma cidade onde a diversidade religiosa, convive de forma amigável, onde as pessoas experimentam um pouco de cada religião, enriquecendo seus conhecimentos neste setor, e acima de tudo, aprendendo desde cedo a respeitar as diversidades existentes no mundo espiritual.

Fonte: Matta, Roberto da, O que é o Brasil

Num busu, em Salvador...

Por Iva Junior

sábado, 25 de maio de 2013

A Religião Evangélica e as Telenovelas da Rede Globo



Por Lucila Paixão
Com princípios cristãos, a religião evangélica possui como única fonte de aprendizado religioso a Bíblia. Os evangélicos acreditam que através dos ensinamentos bíblicos, compreendendo-os e aplicando-os, é possível estar sempre próximo a Deus.
Culturalmente, os cultos evangélicos acontecem com muita pregação, música e muito louvor. Oferecem trocas de conhecimento entre Templos através de encontros e passeios. Organizam shows Gospel, música em louvor a Deus, e atividades para unir mais os jovens e adultos da religião.
A religião é dividida em vários segmentos, como a Pentecostal, Batista, Testemunha de Jeová, entre outros, todas elas têm em comum a doutrina cristã e a busca de Deus através da Bíblia e possuem distinções quanto à rigidez e ao modo de interpretação dos textos bíblicos.
Devido à cultura de massa, em especial as telenovelas da Rede Globo, os evangélicos, em especial as mulheres, ficaram estigmatizados como pessoas que se vestem com tons fechados e com roupas sem vida e sem combinação; pelo jeito puritano, marcado pela presença da Bíblia, normalmente dentro de uma capa protetora preta e pela forma séria e tímida de falar, sempre focando os ensinamentos adquiridos na religião.
As personagens femininas dessas telenovelas apresentam mulheres que além de se vestirem “em luto”, possuem sempre algum problema afetivo, vivem falando da vida alheia e se revelam abertas sexualmente para aventuras. É o caso da personagem Dolores, interpretada por Paula Burlamaqui, na novela Avenida Brasil. Evangélica, recatada, vive falando no Senhor e se veste de forma casta. A personagem escondia um passado conturbado, além de ter deixado o marido com um filho de colo, era atriz pornô, conhecida como Soninha Catatau. Quando volta para a cidade, já evangélica, sempre que se aproximava do seu ex-marido, Diógenes, interpretado por Otávio Augusto, sentia ressurgir a Soninha Catatau e desaparecer toda a fé da Dolores. A personagem transmite uma ideia falsa das mulheres evangélicas, além da caricatura figurinista, colocam-na como uma mulher de pouca fé e de falsos princípios, já que acaba se desvencilhando deles para se entregar as coisas mundanas.
Dolores (Paula Burlamaqui)                                                            Soninha Catatau (Paula Burlamaqui)

 

Outra personagem que trata das fies evangélicas de forma caricatural é a Ivone dos Anjos, interpretada por Christiana Kalache, diarista, é uma evangélica típica das telenovelas brasileiras, com roupas sem combinação, neutra, se apresenta sem vida, tímida, devagar e de fala mansa. Atualmente existem fabricas de modas específicas para mulheres evangélicas, com combinações, cores e formatos diversos. A mulher evangélica não é essa mulher pacata e submissa, transmitida pela televisão. A timidez e a submissão são características alheias à condição de ser ou não ser evangélica, são propriedades individuais, não podendo caracterizar um conjunto de indivíduos de uma mesma religião.
Ivone dos Anjos (Christiana Kalache)

 
Na novela América, temos ainda a personagem Creusa, que teve como interprete a atriz Juliana Paes. A Creusa é uma mulher religiosa que ainda não se definiu, vive entre os cultos e as missas, reprovando o comportamento alheio e estabelecendo morais para conduta “correta” das pessoas, no entanto, dissimulada, gosta de atrair homens, até aqueles que ela não conhece, e viver aventuras sexuais. Quanto mais a personagem vive passeando entre relações mundanas, melhor se mostra beata, até ser desmascarada por outras fies. Essa personagem demonstra a falta de senso moral e ético das telenovelas pela falta de responsabilidade e comprometimento com os aspectos da sociedade com que tem tentado lidar. Como a Creusa não tem uma religião definida e transita entre a Católica e a Protestante, ela trás em si o peso de representar as duas instituições religiosas, indicando a falta de moral, ética e religiosidade das mulheres que ela esta representando. Podemos observar também que a telenovela se inclina a demonstrar que a mulher que é religiosa fervorosa, beata, é aquela que mais tem inclinações a cometer pecados, pois quanto mais a personagem passeia entre o meio sacro e o meio profano, mais ela se mostra cheia de fé.
Creusa (Juliana Paes)

 
Essas caricaturas tem permeado a imaginação dos telespectadores, mas a mulher evangélica atual é bem diferente dessa que a televisão faz questão de anunciar. Bonitas, bem vestidas, normalmente com cores alegres, as mulheres evangélicas são recatadas e vaidosas, normalmente namoram pessoas que seguem a mesma religião, sendo, portanto, completamente diferentes das personagens que as representam nas telenovelas.
Clara Rosa Moda Evangélica                                                         Facínius Moda Evangélica

 
         

A caricatura dessas mulheres, pelas telenovelas, pode ser explicada pela diferença cultural existente entre quem é e quem não é evangélico, ou seja, pelo reconhecimento das diferenças entre as pessoas que seguem a religião e as que não seguem. A consideração dessa diferença cultural, através da sátira, torna-a negativa e pejorativa, denegrindo a imagem do religioso evangélico.
Em Salvador, mesmo com a modificação visual do evangélico, ainda é muito comum o estereótipo do evangélico divulgado pela televisão nas ruas da cidade e nos cultos, devido a forte influência que ela exerce na sociedade, a televisão informa que o padrão de evangélico é aquele, não permitindo ao mesmo abertura para as novas tendências evangélicas.
De acordo com Laraia, cultura é o resultado da interação do homem com o meio e com as pessoas que o cercam. É o processo de aprendizagem de signos e significados, verdades, estabelecidas em conjunto pela sociedade da qual o individuo faz parte.
A falta de sensibilidade das telenovelas com as mulheres evangélicas demonstra a intolerância e a não aceitação de outras religiões como parte da sociedade, aumentando a sua vulgarização, o preconceito e a rejeição pelos telespectadores, devido a grande influência que a mídia exerce sobre as massas.
Do mesmo jeito que a religião evangélica sofre preconceito devido a essa caricatura negativa, a religião católica é estigmatizada pela beata que toma conta da vida alheia e o Candomblé pela representação de falsos Pais de Santo, gananciosos.
A cultura está sempre em processo de transformação, nunca será estagnada e sempre será geral e específica de um determinado grupo, existindo, num mesmo ambiente, várias culturas, ou seja, um mundo multicultural. Perceber a existência da diversidade cultural é entender que não existe verdade absoluta. Respeita-la é compreender o direito de cada individuo tem de exercê-la.

REFERÊNCIAS

LARAIA, Roque Barros. Cultura. In. Antropologia e Direito – temas antropológicos para estudos jurídicos. São Paulo, ABA, Laced, Nova Letra. 2012.
Consulta ao perfil das personagens das telenovelas da Rede Globo. Disponível em <http://memoriaglobo.globo.com/>, acessado em 05/05/2013.