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terça-feira, 28 de maio de 2013

Um Caldeirão Religioso

 Por Mônica Figueirôa
            A cidade de salvador é o lugar onde a convivência entre as religiões é bem saudável. Há casos em que numa mesma família, são cultuados deuses e divindades diferentes. Famílias onde o pai é evangélico, a mãe é católica, criam seus filhos respeitando as duas vertentes escolhidas por cada um deles.
                A grande maioria da população ainda se classifica como católica; mas isso não as impedem de frequentar festas, cultos e religiões contrárias às sua. Aqui em nossa cidade antes de um bebê nascer, os pais já escolhem os seus padrinhos de batismo, realizando este que é o primeiro sacramento da religião católica.
                Quando essas crianças crescem um pouco mais, logo são convidadas para fazer parte das mesas de “Caruru de Cosme”, composta por sete meninos, como é a tradição do candomblé, ou sentam ao chão em frente a um grande alguidar, para fazer parte da famosa balbúrdia, onde as crianças se lambuzam com a comida e imitam os erês, que são as entidades dessa religião. 
                Mais tarde começam a conhecer os eventos populares, compostos de festas religiosas e/ou pagãs: é o caso do dia dois de fevereiro, onde é realizada uma festa para louvar e agradar Iemanjá, a famosa rainha do mar e protetora dos pescadores. As famílias levam seus filhos para fazer oferendas como flores, enfeites, perfumes, etc., e depois participarem da festa profana.




                
               
O mesmo acontece na festa de São Lázaro, no mês de agosto, onde as pessoas vão assistir a missa, e na saída para suas casas, tomam o tradicional banho de pipocas de Omolú, para se purificarem para o resto do ano.


                A mais tradicional de todas as festas é a Lavagem da Igreja do Bonfim, onde baianas vestidas com suas saias rodadas, seus turbantes magistrais, suas guias e vasos de água perfumada, lavam as escadarias da mais famosa Igreja Católica de Salvador.


                Essa é a realidade ecumênica de Salvador. Uma cidade onde a diversidade religiosa, convive de forma amigável, onde as pessoas experimentam um pouco de cada religião, enriquecendo seus conhecimentos neste setor, e acima de tudo, aprendendo desde cedo a respeitar as diversidades existentes no mundo espiritual.

Fonte: Matta, Roberto da, O que é o Brasil

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